quarta-feira, 23 de junho de 2010

Águas invadiram o centro de Rio Largo, destruindo tudo que encontraram pela frente

“CASA NA AREIA”

“Quem ouve Minhas palavras e obedece é como um homem sábio que construiu a sua casa sobre a rocha” (Mt. 7:24)
            Tenho acompanhado pela TV as notícias das tragédias que assolam os estados de Pernambuco e Alagoas. É muito triste ver o sofrimento daquelas pessoas, muitos que pouco tinham e agora nada têm. foi assustador ver como o rio levou tudo que estava pelo seu curso e não sobrou nenhuma casa em pé que foi construída as margens do rio. Eu pergunto o que podemos fazer para aliviar o sofrimento daquelas pessoas? Pessoas que são brasileiras como eu e você. Ver a destruição daquelas inúmeras casas me vez pensar na vida cristã, de que forma temos construído nossa vida? Quais são os materiais usados? Qual o terreno que temos alicerçado nossas “casas”? A Bíblia diz que se obedecermos aos ensinamentos de Jesus seremos como aquele que construiu sua casa sobre a rocha, “e quando a chuva cair e vierem às enchentes, e o vento soprar com força contra aquela casa, ela não cairá porque foi alicerçada em terreno seguro”, mas quem não obedece aos ensinamentos de Jesus é como “um homem sem juízo que construiu sua casa na areia, caiu à chuva, vieram às enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu, e a sua destruição foi completa” (Mt. 7:24-26). A “casa” é nossa vida, o material que usamos para sua construção deve ser tudo o que Jesus nos ensinou e como viveu sua vida aqui entre os homens. Ele viveu aqui somente fazendo o bem e em verdadeira obediência ao D’us Eterno. Muitas vezes não entendemos porque vemos nossa vida ruir como que devastada por um furacão, então é a hora de pensar sob que alicerce temos construído nossa “casa”, quais os materiais temos usado na sua edificação? O amor deve ser o alicerce de uma construção e o material para sua edificação deve ser a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio, e é isso que aquele que obedece as palavras de Jesus produz em sua vida. Aquele que não alicerçar sua construção no amor, certamente levantara sua “casa” com os materiais que a natureza humana produz que é “imoralidade, impureza, ações indecentes, adoração de ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, paixão partidária, invejas, bebedeiras, farras e outras coisas parecidas com essas” (Gl. 5:16-26); e eu digo com toda certeza uma vida construída com esse tipo de material na primeira chuva forte virá ao chão. Assim como é cristão ajudar aqueles nossos irmãos brasileiros que perderam tudo em virtude da chuva, devemos ajudar aqueles que seguem suas vidas construindo suas “casas” sobre terreno duvidoso. Obedecendo a Jesus, “falando ao homem sem amor que D’us é amor, ao que tem fome sobre o Cristo o pão, ao que tem sede que água viva em Cristo pode achar. Vivamos pois, como “casa” onde Cristo é a Pedra fundamental, não nos furtemos de fazer o bem. “...que o amor faça que sirvam uns aos outros. Porque toda Lei se resume num só mandamento: “Ame os outros como você ama a você mesmo”.”. (Gl.5:13-14). Ser sensível a dor alheia é estar construindo uma “casa” da maneira correta. Ajudemos as vítimas das enchentes de Pernambuco e Alagoas!

Rosana Márcia.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

“NOTA DE FALECIMENTO”

“Porque D’us amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida Eterna” (João 3:16). 
            No dia 18 de junho de 1968 morria aos 42 anos Rener Nunes de Lima. Foi em uma troca de plantão, no Hospital Sorocabano da Lapa em São Paulo, Capital, que naquela manhã uma enfermeira troca a bolsa de sangue, que deveria ser do tipo “A” RH Negativo, por outra, e provoca um choque anafilático que o leva a morte em poucos minutos. Sua morte mudou o rumo da minha história e de toda a minha família. Quantas comemorações de “Dia dos Pais” tive que participar sem tê-lo por perto. Não chorei sua morte, porque era tão pequena, tinha apenas 6 anos, não podia entender o que aquele episódio significava pra minha vida. Mas, eu tinha uma informação, que minha tia Noêmia quando me vestia naquela manhã fria me disse: - “seu pai foi morar com Jesus”. Eu não tinha noção do que sua ausência causaria em nossas vidas pra sempre. Crescia ouvindo uma sorte de considerações sobre sua vida, de que ele foi um homem muito bom com todos. Minha vó Guilhermina sempre dizia que D’us leva os bons, e na minha cabeça infantil temia que se todos os bons morrem, então quem fica são os maus? Muitas vezes tentei imaginar como seria nossa vida, minha, de meus irmãos e minha mãe, se ele não tivesse morrido? Muitas vezes culpei D’us por ter levado meu pai, mas o amadurecimento cristão me levou a entender que D’us sabe de todas as coisas e que nada escapa ao seu controle. Uma coisa me lembro do pai com muita precisão, dele assobiando um hino do Cantor Cristão que a letra é assim:

Mensagem Real – (CC 207)

“Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou; Do Reino lá do Céu embaixador eu sou! Meu Rei e Salvador vos manda em seu amor as Boas Novas de perdão.

Eis a mensagem que me deu Aquele que por nós morreu: Reconciliai-vos já, é ordem que Ele dá, Reconciliai-vos já com D’us!

É ordem do meu Rei que todo pecador arrependido já confesse ao Salvador todo pecado seu; pois Ele prometeu dar o perdão por seu amor.

Eis a mensagem...

No meu eterno lar não há perturbação; Eterno gozo e paz os salvos fruirão! E quem obedecer a Cristo, vai viver no Reino eterno do meu Rei!

Eis a mensagem...

            Por anos a fio me lembrei disso até entender que sua morte mudou o rumo da nossa história, e hoje isso me faz pensar que assim como a morte do meu pai mudou a história de minha família; uma morte mais importante de todas, também mudou o rumo de toda a humanidade. Toda a humanidade caminhava para a perdição quando D’us enviou seu Filho Unigênito para morrer na Cruz derramando seu precioso sangue para que alcançássemos a salvação, sem esse ato tão precioso nosso rumo seria a perdição eterna, porque é isso que merecíamos. Mas o amor de D’us permitiu que através da morte de Jesus pudéssemos ter vida. Perder meu pai causou muito sofrimento a minha família, mas o Evangelho nas nossas vidas possibilitou que tivéssemos contato, um reencontro com um Pai amoroso, cuidador, que nunca nos desamparou até hoje. Que nos mostra todos os dias que não nos deixa “órfãos”. Louvado seja o D’us Eterno Pai do nosso Senhor Jesus o Cristo. Hoje faz 42 anos que meu pai aos 42 anos morreu, deixando viúva Dona Maria Lima Nunes e seus cinco filhos, Regina Maria, Rejane Mariza, Rosemari, Rosana Márcia e Rener Júnior. A morte não é o fim se vivemos em Cristo Jesus, ela é o começo de uma Eternidade ao lado do D’us Eterno Criador do Universo!
            "Seu René", nunca me esquecerei o que fez por mim. Eu me "reconciliei com D'us"!

Rosana Márcia (Forasteira aqui).



quarta-feira, 16 de junho de 2010


“A MASSA”

“ Um pouco de fermento leveda toda a massa”...”Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem” (Gl. 5:9; Mt. 15:9)
            No último dia 13 viajamos até Resende, uma cidade há 60 quilômetros de onde moramos, para a Vicke fazer a prova da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Pra variar eu estava mais nervosa que ela. Tudo deu certo, achamos o local das provas, chegamos bem antes do horário, deixamos a Vicke na porta da Universidade e fomos procurar um templo religioso pra assistir um culto. Decidimos assistir a EBD (Escola Bíblica dominical) em uma Igreja Batista. A última vez que fui nessa igreja foi há 18 anos, fui com um grupo musical do qual eu fazia parte (Camerata – IBLSP), naquela ocasião encontrei uma igreja ativa, cheia, motivada. Agora me deparei com uma igreja cheia de bancos vazios, desmotivada, no final do culto um membro da igreja veio justificar que a igreja sofreu muitos problemas e ela era mais freqüentada. Esse episódio me  causou uma tristeza porque notei que para as pessoas o que importa é a quantidade, se o local é “lotado” é sinônimo de sucesso. Mas, mais uma vez eu me lembro que a porta é estreita e o caminho é difícil. Um templo cheio de pessoas motivadas e animadas não significa um “corpo bem ajustado”, pode sim significar uma massa levedada. E, é isso que eu tenho observado muito, pessoas levadas por toda Sorte de “ventos de doutrinas”. Que tipo de doutrina foi semeada naquela igreja há dezoito anos atrás que não manteve o “corpo” unido como um só corpo? Certamente se “cegos guiaram outros cegos, ambos caíram no barranco”, um corpo “bem ajustado, e ligado pelo auxilio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef. 4:16), mas isso só é possível se nos revestirmos do novo homem criado em verdadeira justiça e santidade e nos despojarmos do nosso velho homem. Por isso o importante não é quantidade de pessoas “ajuntadas” no local de adoração ao D’us Eterno, o importante é a quantidade, mesmo que ínfima, de pessoas com um coração modificado pelo poder Salvador do Nosso Senhor Jesus Cristo, o cabeça da Igreja. honremos pois a D’us com os lábios e com o coração!
Você já olhou pra o “corpo” hoje?

Rosana Márcia. 

quinta-feira, 10 de junho de 2010

“A SÍNDROME”

“Reconheço, ó D’us Eterno, que para Ti nada é impossível, e que nenhum dos Teus planos pode se impedido”. (Jô 42:1-2)  
            Nesse último feriado estivemos na cidade de Monte Mor, interior do estado de São Paulo, para comemorarmos o aniversário de 15 anos de uma de minhas sobrinhas por parte do meu marido. Como não podia ser diferente, foi uma “festa” só, em todos os sentidos. No dia 05 de junho de 1995 recebemos a notícia de que ela havia nascido, era uma boa notícia e também preocupante, porque ela havia nascido com uma síndrome que nunca havíamos ouvido falar antes. Ela havia nascido com a “Síndrome de Apert”, síndrome de Apert  é uma forma de acrocefalossindactilia , uma doença congênita caracterizada por malformações do crânio, face, mãos e pés. É classificada como uma síndrome de arcos, afetando os primeiros branquiais (ou faringe) arco , precursor da maxila e da mandíbula . Distúrbios no desenvolvimento dos arcos branquiais no desenvolvimento fetal criar efeitos duradouros e generalizada. Em 1906 , Eugène Apert , um médico francês, descreveu nove pessoas que partilham atributos e características semelhantes.  Lingüisticamente, "acro" é a palavra grega para "pico", referindo-se à "cabeça" pico que é comum na síndrome. "Céfalo", também do grego, é uma forma de combinar que significa "cabeça". "Sindactilia" refere-se à teia dos dedos. Em embriologia , as mãos e os pés têm células que morrem seletiva, chamada morte seletiva de células ou apoptose , causando a separação dos dígitos. No caso de acrocefalossindactilia, a morte seletiva de células não ocorre e pele e, raramente, ossos, entre os dedos dos pés e das mechas. Os ossos cranianos são afetados também, semelhante à síndrome de Crouzon e síndrome de Pfeiffer. Craniosynostosis ocorre quando o crânio do feto e fundir os ossos faciais muito cedo no útero , interrompendo o crescimento do osso normal. Fusão de diferentes suturas leva a diferentes padrões de crescimento no crânio.  Os exemplos incluem: Trigonocefalia fusão (da sutura metópica) , braquicefalia (fusão da sutura coronal ), dolicocefalia (fusão da sutura sagital ), plagiocephaly (fusão de coronal e sutura lambdoidal unilateralmente) e Oxicefalia ou turricephaly (fusão de coronal e suturas lambdóide). síndrome de Apert ocorre em aproximadamente 1 em cada 160 mil a 1 por 200 mil nascidos vivos. Pois é, a Gabriela é essa “1” da estatística, e nos últimos 15 anos passou muito tempo em hospitais para cirurgias reparadoras, contraiu meningite, passou e passa por muitas convulsões, mas mesmo diante de tudo isso ela está sempre otimista e nos dá uma verdadeira lição de vida sobre como superar nossas limitações diante da vida. Muitos não apostavam que ela conseguisse passar dos 10 anos de idade, eu mesma tinha muitas dúvidas quanto a isso, mas no último dia 5, pude junto com ela e toda a família comemorar seus 15 anos. Durante os últimos anos sempre D’us foi questionado do porquê da síndrome da Gabi, nunca tivemos resposta, mas somos testemunhas de quantos livramentos Ele deu a ela, e quantos ensinamentos permitiu que sua mãe e os parentes mais próximos pudessem aprender com tudo o que aconteceu e acontece ainda. Sempre queremos respostas às nossas perguntas, e nos esquecemos que nesse mundo tudo irá passar, as dores, os sofrimentos, as alegrias, a riqueza, a pobreza, as doenças, as síndromes. Mas uma coisa nunca muda e nunca mudará, é o amor de D’us por nós que está em Cristo Jesus nosso Senhor. “Essa carcaça” que chamamos de corpo não tem nenhum valor, ela é pó e ao pó voltará. Devemos estar prontos , juntando tesouros no céu, formando um corpo incorruptível, nos tornando cada dia mais semelhantes a Jesus o Filho do D’us Eterno, então estaremos nos preparando para uma eternidade ao lado de D’us, e que nossa aparência e nossas dificuldades não terão importância se nosso foco estiver em Cristo Jesus a quem devemos toda a honra e glória! Tantas são as síndromes que podem provocar um mal físico e psíquico, mas uma não podemos aceitar, e é totalmente curável, a Síndrome do pecado, não permitamos que ela  nos afaste do céu.

Rosana Márcia.