quarta-feira, 25 de maio de 2011


“FAMILIA”
“...E, Ele, porém respondeu ao que lhe falava: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?” (Mt. 12:48)
            O que é família? É uma boa pergunta, não é mesmo? Alguns definem família como sendo seus pais e seus irmãos; outros como seu esposo ou esposa e seus filhos; outros como seus pais seus irmãos, sua esposa e seus filhos; outros ainda, como aqueles que possuem os mesmos laços sanguíneos. Eu sempre penso sobre isso. Principalmente agora quando um primo do meu pai decidiu fazer um encontro, aonde possam estar todos aqueles que compartilham de um mesmo sobrenome. Achei a idéia maravilhosa, porque eu mesma um dia já quis fazer isso. O fato é, que quando penso em família, não consigo desvincular das palavras de Jesus, para Maria sua mãe, quando estava sendo crucificado: “Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo. 19:26-27). Em Jesus surge um novo conceito de família. Maria chorava a morte de Jesus, e naquele momento, Ele fazia Maria e João entenderam que sua morte gerava laços espirituais que os tornariam família por toda a eternidade. Não existe nada mais triste que ouvir relatos de pessoas cristãs que perderam seus filhos para o pecado, e saberem que nunca os encontrarão na Eternidade ao lado de D’us. Mas Jesus veio nos proporcionar isso, a possibilidade de sermos família através dos laços sanguíneos e espirituais quando nos lançamos aos pés Dele para uma vida de santidade e abandono do pecado que nos afastam de D’us. O que importa sermos família unidos pelos laços de sangue se não estivermos ligados a Jesus que é a cabeça do “Corpo”? Meu desejo, e acho que é o desejo de todos os meus familiares sanguíneos, é passar toda a Eternidade ao lado de Jesus e D’us no Céu. Para isso, é preciso que tenhamos uma vida de santidade, uma vida de cristianismo verdadeiro, autêntico; para que nossos filhos, netos, bisnetos, esposo, esposa, primos, tios; através do nosso viver enxerguem a vida de Jesus em nós, e aprendam pelo exemplo a viver uma vida que agrada a D’us. Porque somente assim, teremos a felicidade de sabermos que nessa vida os laços de sangue nos uniram e os laços espirituais nos unirão por toda a Eternidade ao lado de D’us! Mas não nos esqueçamos, uma vida escravizada pelo pecado nos unirão a uma Eternidade no inferno, longe de D’us. Queremos ser família de Jesus e Nele? Pois então, ao fazermos a vontade de D’us nos tornamos família de Jesus...”Pois qualquer que fizer a vontade de Pai que está no Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe. “ (Mt. 12:50). O que importa os laços de sangue se não formos unidos por laços espirituais?

“Benditos laços são, os do fraterno amor,
que nesta santa comunhão nos unem ao Senhor.
Ao mesmo trono vão as nossas petições,
é mútuo o gozo, ou a aflição dos nossos corações.
Aqui tudo é comum, o rir e o prantear;
em Cristo somos todos um no gozo e no lidar.
Se desta santa união nos vamos separar,
no céu eterna comunhão havemos de gozar!” (CC 379)

            Que assim seja!

Rosana Márcia.



segunda-feira, 16 de maio de 2011




“O QUE É PECADO?”


“...D’us não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno...Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (II Pe. 2:4; I Jo. 1:9)


Eu tenho uma vizinha que é evangélica de uma igreja dita tradicional, ela tem a mãe idosa com hábito de apostar na “mega sena”; minha vizinha vem a mim reclamando que vai pedir para a igreja excluir a mãe do rol de membros, por causa dessa mania de jogar. O problema é que essa mesma vizinha tem o hábito de mentir, e tem uma filha promiscua, e elas não fazem questão nenhuma de “esconder” esses maus hábitos, e nem acreditam que isso seja “motivo” para desligamento do rol de membros da igreja a qual freqüentam. Cada vez que ela vem aqui em casa reclamar, eu digo pra ela: Fulana, dentro das “igrejas” existem pessoas que adulteram, são mentirosas, promiscuas, se prostituem, enganam, tem ódio uns dos outros, invejam, amam o dinheiro, alimentam suas mentes com pensamentos impuros; mas se fazem tudo em segredo, permanecem “comungando na membresia eclesial”. É impressionante a nova conotação que foi dada ao pecado, de como é classificado o que é pecado, e o que não é, segundo as necessidades de uma instituição. Se “Fulana” mente, mas ninguém sabe, tudo bem. Se “Sicrano” adultera, mas ninguém descobre, tudo bem. E por aí vai, uma lista enorme de pessoas fazendo parte dessa ou daquela igreja, que seguem suas vidas rumo ao inferno, porque classificaram os pecados. Isso me faz pensar mais uma vez, o que é pecado? Aprendemos que pecado é transgredir as Leis de D’us; e Jesus resumiu os 10 Mandamentos em : Amar a D’us sob todas coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Quando amamos a D’us, amamos ao próximo, e quando amamos ao próximo não transgredimos as Leis de D’us. Porque se amamos o outro, não mentimos pra ele, não cobiçamos o que é dele, não falamos falso testemunho contra ele, não matamos, não roubamos o que é dele; e isso não desagradara a D’us. E quando amamos a D’us, buscamos uma vida de santidade, não alimentamos nossa natureza humana com pensamentos impuros, nos prostituindo, invejando, odiando. Quando amamos a D’us, nosso desejo é de fazer o bem e não o mal. Nosso desejo é o de sempre obedecer a D’us, como Jesus o fez. Eu tenho visitado algumas igrejas, e é raro ouvir uma pregação sobre pecado, uma exortação para que deixemos a vida de pecado. Eu tenho até medo de falar, mas muitas vezes parece que há uma “vista grossa” para o pecado dentro da igreja; e eu tenho receio de pensar nos motivos. Mas tenho uma certeza, quando os pregadores tomam esse caminho, o fim deles é o inferno, e eles estão conduzindo muitas vidas para esse destino. D’us disse a Caim: “...o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar” (Gên. 4:7). Nós temos a escolha, de pecar e não pecar. Que escolha temos feito? Lembrem-se, não existe uma classificação de pecados, todos eles nos levam para uma vida eterna longe de D’us, para uma eternidade no inferno.


D’us nos abençoe.






Rosana Márcia.

quarta-feira, 11 de maio de 2011



“O CARCARÁ”
“Vigiai, o vosso adversário, o Diabo, anda em  derredor...procurando a quem possa tragar”.(I Pe. 5:8).

            No quintal aqui de casa, sempre aparecem várias espécies de pássaros. Nos últimos meses, quando o abacateiro dava frutos, tivemos Sabiás e até um Pica-pau de topete vermelho, muito lindo. Mas também somos agraciados com Corujas; Rolinhas; Canários-da-terra, que por acaso está cantando agora. Todos vêm para aproveitar a boa safra de abacates. Alguns frutos ficaram na árvore para alimentar os pássaros e outros animais como a família de Gambás que visitam o quintal. No entanto, hoje de manhã houve um silencio “sepulcral” no quintal; eu estranhei, porque todos os pássaros fazem muito barulho pela manhã, principalmente quando temos um lindo dia de sol como o de hoje. Mas eu descobri a razão do silencio quando ouvi o grunhir do Carcará. Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista assim como o seu parente próximo, o carrapateiro (Milvago chimachima). Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Suas estratégias para obtenção de alimentos são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiú (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais. Também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas. É muito comum ser avistado ao longo das rodovias para alimentar-se dos animais atropelados. Fica nas proximidades dos ninhais para comer restos de comida caídos no chão, ovos ou filhotes deixados sem a presença dos pais. Chega a reunir-se a outros caracarás para matar uma presa maior. É também uma ave comedora de carniça e é comumente visto voando ou pousado junto a urubus pacificamente,principalmente ao longo de rodovias ou nas proximidades de aterros sanitários e locais de depósito de lixo. Sua presença era o motivo do silencio, a “ilha” de tranqüilidade que o quintal significava para os pássaros foi invadida por um predador instalado no alto da Goiabeira, por isso todos se esconderam e ficaram em silencio, vigilantes. E ficaram assim até o perigo passar. Eles não se expuseram ao perigo, mas ficaram quietos e alertas. Isso me fez pensar sobre estar quieto e vigilante. Sempre estamos agitados e preocupados com os cuidados desse mundo; quando deveríamos nos aquietar para ouvir a voz do Espírito Santo de D’us sempre pronto a nos conduzir em segurança. Ocupamos nossos dias com o barulho das nossas mentes ansiosas, preocupadas com o dia de amanhã; com o barulhento som de algumas músicas e televisão; das conversas fúteis na “roda dos escarnecedores”. Isso tudo impossibilita ouvir o Espírito Santo nos alertando do perigo eminente, do predador ao nosso redor. Eu tenho aprendido muito com a natureza, ela sempre me ensina e me surpreende. Nosso quintal é uma lição diária. Nele vejo como os “passarinhos voam: Eles não semeiam, não colhem e nem ajuntam em depósitos. No entanto, o Pai que está no céu dá de comer a eles”. D’us diz que valemos mais que os pássaros, mas agimos com muito menos sabedoria que eles, quando nos ocupamos conosco mesmos, não ouvindo a voz do Espírito de D’us, nos preocupando com o comer e o vestir, quando nos expomos de forma não vigilante permitindo que o predador se aproxime e coloque em perigo de morte nossas almas. Jesus nos ensina a observar a natureza, porque ela sobrevive na dependência de D’us, e , é isso que o Eterno deseja de nós. Não andeis preocupados...vigiai. Cuidado com o “Carcará”!

Rosana Márcia.