sábado, 1 de dezembro de 2012

A morte, uma adversidade?





No último dia 22/11/2012, faleceu em São Paulo o meu cunhado Samuel Araújo do Espírito Santo, aos 54 anos, vítima do câncer. Ele deixou viúva minha amiga e cunhada Maria Mota – uma mulher de D’us, e seus três filhos já adultos, Eduardo, Juliana e Laura.
Não tive a oportunidade de conviver com ele mais tempo e mais de perto. Mas trago na memória relatos sobre sua vida. De como foi amado e odiado, de como foi bom administrador, bom filho, de como amou tanto seus filhos e netos. Sei também que ele venceu muitas adversidades em sua vida. Mas, o que é adversidade? Adversidade é contrariedade, aflição, tormento, infelicidade, aborrecimento, infortúnio, revés, tristeza, sofrimento, mágoa, fatalidade...             
Alguns, e não poucos, consideram a morte como a última e a pior das adversidades a ser travada pelo homem. Mas, na vida do cristão a adversidade toma forma de antônimo, e para o crente ela se mostra como: - Graça, felicidade, sorte, facilidade, bonança, oportunidade, ventura, bem-aventurança.
            Morrer para o cristão é Graça, porque morrer no Senhor é como ser condecorado, galardoado.
            Morrer para o cristão é Facilidade, porque não há mais obstáculos para finalmente estar com D’us.
            Morrer para o cristão é Bonança, porque já se pode viver a calmaria, o sossego, o alívio e a paz que só o morrer em Cristo pode proporcionar.
            Morrer para o cristão é Oportunidade de viver finalmente a vida eterna com os Santos.
            Morrer para o cristão é ventura, porque se é afortunado, feliz por não ter como destino o inferno, mas o céu.
            Morrer para o cristão é Bem-aventurança, porque ser salvo por Jesus é ter felicidade eterna, que só os santos poderão gozar no céu.
            Por isso o morrer para o cristão não é adversidade, mas bem-aventurança. E eu creio piamente que esta é a condição dele hoje – “...mais um remido a entrar no céu!”.   Momento de tristeza? Sim. Mas, não podemos esquecer o que o Sábio diz, lá em Eclesiastes 7:2, “Melhor é ir à casa onde a luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração”. Há tristeza para o cristão na perda, mas nela reside a esperança de que a morte é a passagem para uma vida eterna. E só nós podemos decidir que tipo de eternidade teremos, no inferno ou ao lado de D’us.
            Alguém me disse um dia: “ a vida não é um destino, mas uma trilha”. Sabemos que os caminhos que escolhermos poderão nos levar a D’us ou não. Portanto, paltemos nosso trilhar nas coisas “do alto”, naquelas que agradam a D’us, e certamente a morte para nós será o começo e não o fim. A perda dos nossos queridos será apenas um “até logo”.
            D’us nos abençoe. Rosana Márcia (Cunhada de Samuel Araújo do Espírito Santo).