terça-feira, 13 de julho de 2010

“AINDA CEGOS?”
“...Se é pecador não sei; uma coisa eu sei: eu era cego, e agora vejo. Sabemos que D’us não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a D’us, e fizer a sua vontade, a esse Ele ouve.” (Jo.9:25,31)


            Hoje quando eu meditava no Evangelho de João fiquei pensando sobre a oração e a cegueira. Escuto muita gente dizer que ora pelos outros, algumas pessoas pedem pra orarmos por elas; então fico questionando que muitas das orações são meras “repetições” sem sentido algum, e que não vão e nem chegam a lugar algum. Quando eu era jovem ouvi muitas vezes a seguinte expressão: “a oração de alguns não passa do teto”. Penso que queriam dizer que “essas” orações não seriam ouvidas pelo Pai. Já na idade madura, eu ouvi um pregador dizer que: “ se estiver em pecado, D’us não ouvirá a oração”. Isso fez mais sentido pra mim, porque não conseguia conceber uma relação com D’us e uma vida de pecado. No texto, eu entendo que os Fariseus criam dessa forma, que D’us não ouve o pecador; esse foi o argumento usado pelo cego de nascença. Quando os Fariseus chamam Jesus de pecador, o que era cego afirma que foi curado, e se foi curado por D’us, então quem o curou não é pecador, porque foi ouvido por D’us o Pai. “Eu era cego e agora vejo”, Jesus cura um  cego de nascença, e isso me faz pensar como mensagem do Evangelho veio pra mudar de forma radical e definitiva nossa situação de perdidos para salvos, de cegos para enxergar. Só o sacrifício de Jesus foi capaz de nos trazer para luz, mudando nossa situação de trevas. Tem um hino que a letra diz assim:
           
            “Eu nas trevas vagueava, sem a luz da retidão; a minha alma estava morta,        e eu     sem fé no coração           
            Mas um dia a sua graça D’us mandou, e a doce luz; vi então caminho claro,       sim ouvi o meu Jesus.           
            Dentro em mim meu homem velho contra a retidão lutou; mas Jesus comigo     estava, santamente me guiou.           
            Foi um novo nascimento, Honra e Glória ao Redentor! Ele deu-me luz e vida, Santidade e seu amor.                       
            Como é triste andar em trevas, sem perdão do salvador! Bela é a vida, mas        a vida dominada pelo amor.” (Cantor Cristão 279).

            Assim como a vida daquele cego de nascença mudou radicalmente, Jesus também nos concedeu mudança completa da nossa situação de eternamente pecadores para uma vida na luz, para vivermos uma vida sem pecado. Mas, não é assim que acontece, diariamente nosso “velho homem luta contra a retidão”, e eu creio que cada vez que ele vence, o velho homem, nossas orações “não passam do teto”, porque D’us não ouve a pecadores. Quantas vezes temos vivido uma vida solitária e triste porque somos impedidos pelos nossos pecados de uma relação de perfeita comunhão com o D’us Eterno como Jesus teve. Há um ditado que diz que: “O pior cego e aquele que não quer ver”; precisamos, definitivamente abandonarmos a cegueira espiritual, o pecado que vêm nos cegando e vivermos uma vida na luz. “Jesus é a luz do mundo e aquele que o segue não vive em trevas, mas terá a luz da vida”. Cegos? “Como é triste andar em trevas...”.

Rosana Márcia.

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