domingo, 21 de abril de 2013

70 x 7 ?



Hoje, uma manhã chuvosa e fria (coisa rara aqui no RJ), me encontro a pensar sobre vários assuntos. Mas minha mente se agarra, tal qual um chiclete na sola de um  sapato, uma questão, e que quero compartilhar com vocês. Minha questão é a seguinte, por que somos tão impelidos a odiar e tão demovidos a perdoar? Por que ficamos encontrando “desculpas” para justificar o rancor que alimentamos. Será que não percebemos que em longo prazo deixar de perdoar a quem nos fez mal só fará mal a nós mesmos, tornando-nos pessoas incapazes de amar, cheias de doenças psicossomáticas e amargas? Meu marido me ensinou muitas coisas (mesmo ele sofrendo de ingenuidade patológica), entre elas,  duas  quero destacar – aprendi a ter misericórdia e a perdoar. Não sofri pouco nessa vida, e pude experimentar o sofrimento já na tenra idade. Hoje não vou dizer que perdoar é um exercício fácil para mim, mas por ser um exercício ele fortalece o meu caráter dando-me forças para seguir em frente. Dizem os especialistas que o exercício físico libera no cérebro substâncias que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. São as endorfinas, neuromediadores ligados a génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente libertador de endorfina o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. Quero traçar um paralelo do exercício físico ao exercício do perdão, enquanto o exercício físico libera endorfina criando dependência e nos faz falta se não praticarmos regularmente, assim o exercício do perdão libera a conexão com D’us, criando uma dependência do Pai, gerando uma sensação de bem-estar e prazer, concedendo paz, tranquilidade e aprovação de D’us. Recentemente uma amiga – querida demais – postou uma frase em uma rede social que dizia o seguinte: “Somente aquilo que realmente somos pode nos curar” (Jung). Isso ficou na minha cabeça, porque sempre questiono o que leio, e sempre tento aproveitar alguma lição para mim. Comecei a pensar sobre o que sou realmente? E conclui que as minhas ações são resultado do que sou, mas se não me enfrento, as minhas ações serão danosas para mim e para o outro. Mas se me reconheço, posso compreender que o que sou realmente evitando ações que magoem o outro, alimentando assim o mal que há em mim. Somos o resultado de tudo o que foi impresso em nós, por isso o resultado nem sempre será bom, muito pelo contrário, na maioria das vezes será ruim. Mas existe alguém que pode  ajudar a nos enfrentarmos, libertando-nos de nós mesmos. Se você sabe o que realmente és, e isso faz de você um mal para o outro, “volta pra D’us, que Ele te quer, volta ao teu porto, pois só há lugar feliz onde se é amado, e como Ele te ama”! Se, pois, o filho vos libertar verdadeiramente sereis livres (João 8:36). E livres, não haverá obstáculos para o perdão.
D’us nos abençoe!

Rosana Márcia

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